P.S. I Love You (2007)

quarta-feira, junho 10, 2015 by
 P.S. I Love You
(2007) on IMDb

P.S. I Love You, é um romance que não fazia conta ver, mas após me ser recomendado por 2 pessoas diferentes, decidi dar uma oportunidade. E lágrimas escorreram-me pelas faces. Não consigo lidar com maridos mortos. Só de imaginar a dor que isso realmente representa, não consigo conter-me. Cheirar os lençóis, ver a sua caneca favorita de café, ver os seus filmes favoritos... no silêncio. Essa visão dá cabo de mim. Mas nada tem a ver se o filme é bom ou não. Simplesmente é daqueles temas que por si só me abalam.

Não gosto particularmente da actriz principal, mas confesso que foi a primeira vez que achei o Butler verdadeiramente encantador... deve ser da pronuncia irish. Lisa Kudrow é sempre hilariante, serve bem para personagem secundária e fez-me ter saudade da série Friends. A mais épica das séries de comédia de sempre.

Achei o filme altamente comercial. No sentido em que não vimos a realidade crua e dura. Quando alguém morre, não há só breves momentos de choro, e não se recupera num ano. Ás vezes leva-se uma vida toda. O facto do filme ter-se passado com meses de diferença entre o falecido e a nova vida dela, fez com que não desse tanto valor à história. Se fossem 5 anos, talvez aí já conseguisse compreender a necessidade de seguir em frente. Pessoalmente, a forma como empurraram a personagem para seguir em frente, fora descabida e triste perante o marido que morreu de cancro.

O amor da nossa vida morre, e em menos de 1 ano, já dormimos com alguém, igualmente irish... amigo dele, no país dele. Isso não é incrível e romântico, fez-me deitar uma lágrima solidária pelo pobre coitado que de certa forma fora momentaneamente substituído por uma melhorada versão de si mesmo.

Seguir em frente é natural. Mas não passado uns mesitos. Gosto de pensar que quando o amor é mesmo verdadeiro, uma parte de nós morre e deixa-nos na merda, e que ser sexy e dormir com outra pessoa, mesmo que ainda nos passe vagamente pela cabeça, é-nos altamente impossível. Ainda se acontecer, advém de um choro profundo, revolta interna e nojo de nós mesmos, por termos conseguido dormir com outra pessoa em menos de 1 ano.

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