Carol (2015)

Para mim um filme banal. Só por ser um romance entre pessoas do mesmo sexo, não torna um filme mais interessante. Digo isto, por ser um filme de Oscar. Fico contente por haver tanta variedade sexual e racial nos filmes de hoje. Ajuda a criar awareness a todas as pessoas, que ser hetero é normal, assim como é ser homo ou qualquer outra orientação.

Não criando separação entre amor hetero e homo, este filme passa então a ser simplesmente um romance/drama, e então digo que não é um filme por aí além. Se substituído por homem com mulher, a minha opinião nada mudava, continuava a ser um filme demasiado normal para os Oscars, não teve aquele punch no final, aquela revelação.

Danish Girl é sobre transsexualidade e ensina-nos alguma coisa, é passada uma mensagem sobre o sofrimento de pessoas que passam por isso. Algo passa do ecrã para o tele-espectador. Mas este filme é um simples romance, um tanto ao quanto infantilizado. Nem todos os homossexuais vivem em dúvida durante metade da vida até se descobrirem. Há sempre aqueles que sempre souberam e nunca o negaram. E sinto que em filmes como este tem sempre de haver a personagem forte que aceita a sua sexualidade e a personagem nova e frágil que não sabe o que sentir ou o que fazer. Acaba por ser o cliché em filmes de amor homossexual. Se nos hetero o cliché é o homem ser sempre o principe e que a menina precisa sempre de ser salva por ele, nos filmes homo há sempre alguém que precisa de "aprender" a aceitar aquilo que é.

Para Oscar esperava algo outside the box. Talvez esperava demais de Americanos, quando os Europeus são pioneiros em filmes sobre abertura sexual. Ainda falta um bocadinho, América. Mas palmas para nunca terem usado o termo que usei aqui, "homossexualidade", não sei se foi somente pelo filme se passar numa época anterior e na altura não haver esse termo, ou se simplesmente como dito no filme trata-se de um amor entre uma pessoa e outra, independentemente do sexo, não havendo qualquer necessidade para a criação de uma "etiqueta social".