De inicio é complicado perceber em que "tempo" as viagens estão, e como é que é possível ele saber ou não saber de coisas, dependendo do momento em que estamos. Mas depois torna-se fácil.
Com esta questão de voltar atrás no tempo e de mundos paralelos gosto sempre de desafiar a teoria. Se logo nos primeiros instantes do filme o Henry mais novo (H1) fala com o mais velho (H2), como é que o H2 se lembra da sua infância?
De origem, o novo H1, viu a mãe falecer e viveu a vida a partir daí, foi dessa versão "nasceu" o H2, antes de se encontrarem. Quando o H2 voltou atrás no tempo e foi ter com o H1, a partir desse momento, é quase como efeito borbuleta, o H1 já vai levar a vida de forma diferente e o Henry que devia nascer para ser H2, passa a ser uma espécie de H3, porque o H2 se vai lembrar do momento em que ele mesmo se encontrou com o H1, antes de se ter encontrado. O H2 vai-se lembrar duplamente dele em velho o que não pode acontecer, porque o velho não se pode lembrar do velho que está na mesma esfera temporal. Percebem? Se calhar não xD Mas tenho imenso interesse nesta questão da esfera temporal destes filmes.
Essas questões de voltar atrás no tempo e falar connosco mesmo, têm sempre uma falha temporal. Ao se cruzarem um com o outro estão a alterar a versão da vida que conheciam antes. Mas tirando essas questões, o filme é giro e romantico. Raramente a Rachel Mcadams desilude.
Este filme fez-me lembrar do meu pai, e como em certas situações seria maravilhoso se ele pudesse voltar atrás no tempo e vir dizer olá.
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