Conta uma história desde tenra idade sobre homossexualidade, respectiva discriminação e rejeição do próprio ser. Neste momento, que mais susceptível ser existirá do que um homossexual negro? Infelizmente ainda temos um longo caminho de aceitação pela frente.
O filme é muito subtil. Sem adicionar drama em demasia, toca em vários problemas sociais ao mesmo tempo. Sentimos os conflitos internos da personagem pelo seu silêncio, mas faltou "desespero" no filme. Queria mais, para filme de Oscar. Ao contrário de Manchester by the sea que abusou no nível de drama que colocou na história, esta precisava de algo mais para mim. Num todo, queria uma história mais intensa. Não digo intensa ao nível "filme independente francês", mal algo no meio.
Não tenho senão palavras de apoio para transmitir. Alias... gostaria até de ter visto "mais amor", e se calhar, aos poucos, isso é o resultado da evolução para a total aceitação. No entanto, este também não é um filme de romance, mas sim uma história sobre a vida. Espero que cada vez mais hajam filmes e séries com todo o tipo de raças e orientações sexuais. É preciso instruir as pessoas e fazê-las evoluir enquanto ser humano, para que possamos todos aceitar os outros.
Em termos de realização, achei que os ângulos da câmara por vezes eram estranhos e com demasiado zoom. Os actores, foram repartidos em três partes, por isso, fica complicado, mas sem dúvida a história do meio foi a mais forte entre todas.
Acho que para melhor filme da Academia, deve ganhar sempre aquele que cria mais impacto social, como foi o Spotlight o ano passado; ou quando é uma grande obra prima, como foi Birdman há dois anos atrás. Este ano temos bons filmes, mas a nível de impacto social acho que este é o melhor, sem dúvida. Para efeitos wow, obviamente o La La Land. Diria que o melhor filme está entre estes dois. Que ganhe o melhor!
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